Porém, nossas avós viviam muito bem sem - e nós também viveríamos, se não tivessem sido inventados.
Outro dia, no programa Mais Você da Ana maria Braga, uma especialista em moda (Regina Martelli) contou a história do "pretinho básico", inventado pela super esperta e moderna Coco Chanell na década de 1920.
Segundo Regina, a modista teria criado o vestido básico preto por conta da morte de seu amado. Ela quis que, de alguma forma, todos fizessem luto por ele. E até hoje homenageamos o bonitão. E ela? Nunca se casou... mas ficou famosíssima e hoje é uma das grifes mais importantes do mundo!
Outras coisas não muito atuais, mas que se popularizaram graças a indústria de beleza, fazem parte do nosso dia a dia, e muitas de nós não saem de casa sem.
- Curvex: Tem até um blog sobre o digníssimo, mas em nenhum site eu acho a história dessa super ferramenta que, para homens desavisados e não-gays, mais parece um instrumento de tortura! Mas o que seria de nossos cílios sem aquela curvatura linda que só a "chapinha de cílios" seria capaz de criar?
(Vamos combinar que parece mesmo uma ferramenta de tortura, um instrumento cirúrgico, tudo menos um equipamento de salão de beleza)- Rímel: aham aham aham! Não sei o que seria de mim sem rímel hoje em dia. Como eu não costumo usar curvex (meus cílios já são curvos o suficiente, e são longos demais para isso), o rímel está sempre por perto. A Pree já escreveu sobre o melhor, na opinião dela, aqui. O meu preferido é o que curva os cílios da Avon (não acho o bendito no site deles), porque ele dá uma curvadinha natural, diferente do curvex que, para meu caso, deixa aquele amassado estranho. Hoje eu uso o Volum Express da Maybelline New York. E acabo de descobrir que existe a versão à prova d'água! Preciso dessa!
(A embalagem já é um looxo, não?)- Lápis, Delineador, Kajal: que seria dos Emos sem lápis preto? Ops, não era sobre eles que eu ia falar, era? Ah, não... era das mulheres. Então... o Kajal surgiu nos países que, como no Egito, tinham muita areia. Era feito de alguma cera natual que protegia os olhos da areia do deserto. Nas pinturas egípcias você percebe que até os escravos usavam, então não era só maquiagem. Mas aí, alguma européia afetada viu aquelas mulheres muçulmanas lindas de olhos pintados, adorou a ideia e comprou uma tonelada de kajal para se pintar. Lançou moda, a onda pegou , e hoje quem de nós vive sem o mais humilde dos lápis para olhos?
(Mesmo que a gente nem use o preto, a gente usa alguma corzinha no contorno)
- Corretivo: Que Photoshop que nada! Corretivo resolve muita coisa! Antes fadado à função de borracha para olheiras e imperfeições da pele, hoje virou um curinga para fazer a boca da moda. Aquela apagadinha, mas que a mulherada tá adorando porque não precisa retocar o batom toda hora durante o dia (que fardo esse). (Esse é da Contém 1g, mas existem taaantos! Eu uso um que comprei na Ikesaki, e nem sei que marca é! Mas adoro!)
- Batom: batom, brilho labial, gloss, Lipstick Jungle... Um professor de marketing falou uma vez que o batom é uma mistura de cera de abelha com pigmentos naturais ou artificiais que foi modelada em formato fálico (isso mesmo) para os homens assistirem sentados as mulheres passando aquele lindo bastãozinho nos lábios. Aí sugiu, lá nos anos 70 ou 80, um meladinho em um vidro com uma bolinha na ponta. O brilho roll-on da Avon (adoro Avon, tá?). Aquela meleca tinha gosto de tutti-frutti e a meninada (falo por mim e minhas amigas) adorava! Os pais detestavam, porque tinha gente que não comia para ficar lambendo aquela tranqueira da boca. Aos poucos fui percebendo o potencial risco às Mordedoras de Lábios Anônimas: o troço amortecia a boca, e a gente se sentia estimulada a arrancar cada "pelinha" que soltava depois de um inverno rigoroso (a gente tinha outono, inverno, primavera e verão naquela época!), não sentia na hora, e mais tarde tinha uma bela infecção no lábio inferior. Aí, na década de 90 surgiu o gloss... para os meninos, a boca suja de frango assado (já ouvi isso de mulher também, mas deixa, porque ela não sabe nem passar lápis de olho). Virou febre, a mulherada adorava. Aí, ano passado alguém inventou a boca apagada. E a boca fluor dos anos 80 voltou. Era 8 ou 80. Adorei a apagada, tá? Dispensa o retoque, como falei ali em cima. E aí, com um pouquiiiiinho (pouquinho mesmo, ok?) de gloss, fica linda e saudável, ao contrário do que possam pensar alguns. Mas o impacto mesmo ficou por conta de uma série de sucesso lá fora (e aqui também), em que atrizes lidas interpretam mulheres de verdade, que saem daquele estereótipo típico de "Sex and the city" (perfeitas o tempo todo, com homens lindos a seus pés, 30 anos, solteiras e bem sucedidas), para mostrarem que mulheres bonitas podem, sim, ter problemas e dificuldades. Uma, estilista, começa a 1ª temporada desempregada. A outra não gosta de provar sapatos em público por causa do tamanho do pé e tem problemas com a filha que é gordinha, e a outra ama o marido mas se apaixona por um outro homem. Revolucionou porque ficou entre "Sex and the city" e "Desperate Housewives". E fez homens (o que assistem não precisam saber disso, mas tuuudo bem!) perceberem que nós meninas somos mais que meninas, e usamos mais que batom e salto-alto - mas isso é história para outro post.
PS: Uma das colaboradoras do blog esqueceu a proposta desse nosso salão de beleza e veio aqui dar dicar de um blog de futebol. Nada contra meninas que gostam de futebol, mas a dica deveria ser acompanhada de um texto, não? Como isso não aconteceu, e como esse era seu post de estreia (péssima estreia, péssima bilheteria), apaguei o post. Beijocas